A Subprefeitura do Itaim Paulista pretendia gastar quase R$ 1 milhão na compra de 860 mobiliários novos para sua sede na Vila Curuçá, entre armários, mesas, cadeiras e sofás. Produtos e valores constaram em edital de pregão eletrônico divulgado no dia 24 do mês passado no Portal de Processos Administrativos da Prefeitura de São Paulo. A SMSUB (Secretaria Municipal das Subprefeituras) aprovou o pedido nesta sexta-feira (4), mas compra foi interrompida, segundo a subprefeitura, por causa do fechamento do orçamento deste ano.
A empresa vencedora, Mobko Industria e Comercio de Moveis LTDA, deveria entregar à subprefeitura 150 armários no valor de R$ 315 mil; 194 mesas (R$ 215 mil); 185 cadeiras giratórias (R$ 183 mil); 166 gaveteiros (R$ 165 mil); 105 cadeiras fixas (R$ 60 mil); 37 longarinas (R$ 36 mil); 4 sofás (R$ 11 mil); 5 balcões de atendimento (R$ 6.986,60); e 14 suportes para pastas (R$ 4.884,74); totalizando R$ 999.785,31.
Em nota à Pedra Pequena, a subprefeitura confirmou o processo de aquisição e disse que a compra "traz uma série de vantagens para a administração, tais como, por exemplo, uma maior economicidade".
Antes do anúncio da interrupção, a subprefeitura havia dito que a compra "está sendo realizada de forma legal e necessária", e que a ata de registro de preços é autorizada pelo decreto municipal nº 56.144/2015 e lei federal nº 8.666/93, tendo o dinheiro sido disponibilizado pela SMSUB exclusivamente para a compra de mobiliário e não podendo ser utilizado para outra finalidade.
Durante pesquisa em sites de buscas, é possível encontrar materiais semelhantes com preços mais baixos do que os que foram praticados na licitação, mas que, segundo a subprefeitura, não podem ser aceitos porque a administração deve seguir a modalidade BEC (Bolsa Eletrônica de Compras) - sistema da prefeitura que reúne fornecedores cadastrados que queiram participar de licitações de compras na cidade.
A subprefeitura justificou os preços praticados no edital dizendo que "é preciso se considerar as especificidades do mobiliário ali apresentado", que, ainda segundo ela, "trata-se de produto de qualidade superior" e que, "portanto, não se está aqui falando em 'menor preço' em âmbito global, mas sim, melhor preço dentro de uma determinada categoria de produtos".
A administração regional também havia justificado a decisão da compra alegando que "o atual mobiliário encontra-se obsoleto e, com isso, está se privilegiando o servidor que vai ser atendido, pela primeira vez na Subprefeitura do Itaim Paulista, por mobílias de primeira qualidade com a devida ergonomia e atestado pelas mais modernas normas de segurança e saúde do trabalhador".
Sobre a quantidade de compra de cada produto, disse que "obedeceu ao número de servidores" da subprefeitura, que possui cerca de 180 funcionários atualmente.
A subprefeitura não confirmou, no entanto, se deverá iniciar um novo processo licitatório para a compra dos mesmos produtos em 2021.
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