A Subprefeitura do Itaim Paulista interditou na tarde desta terça-feira (28), a unidade das Lojas Americanas localizada na avenida Marechal Tito, no Itaim Paulista. De acordo com a administração regional, o prédio não possui o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), que atesta condições de segurança do prédio contra incêndios.
Segundo a subprefeitura, a vistoria técnica foi realizada após denúncia de falta de segurança no local. Durante a inspeção, realizada em conjunto com a Polícia Civil e a Guarda Civil Metropolitana, as equipes afirmaram ter constatado irregularidades no funcionamento das instalações e AVCB vencido em 2012.
A loja foi lacrada até que sejam apresentados os documentos necessários, informou a subprefeitura.
Na terça-feira, a loja havia sido interditada "amigavelmente", segundo a subprefeitura. Nesta quarta-feira (29), a loja foi reaberta sem autorização por não haver apresentado o AVCB, e, por isso, foi lacrada temporariamente e ficará sem atender clientes até que a situação seja regularizada.
Desta vez, a loja foi multada em mais de R$ 36 mil por descumprimento da legislação.
Procurada, as Lojas Americanas não se pronunciaram sobre o caso.
Segundo Renato Santos, 33 anos, Bombeiro Civil e especialista em prevenção de acidentes e segurança contra incêndios, "um dos riscos que um estabelecimento tem por não estar com o AVCB em dia ou até mesmo cassado é colocar em risco a vida das pessoas que frequentam".
"A partir do momento que a empresa passa a ter o AVCB, que é atestado pelo Corpo de Bombeiros, significa que ela atende a todas as legislações e deixa local seguro para que as pessoas possam frequentar", afirmou, dizendo que "sem atender os pré-requisitos de segurança, o AVCB não é liberado e a empresa está irregular, não podendo estar em funcionamento".
No ano passado, um funcionário da Subprefeitura do Itaim Paulista foi preso suspeito de aceitar propina do supermercado Atacadão para manter o estabelecimento aberto sem alvará de funcionamento. Segundo o Ministério Público, a loja funcionou sem autorização durante cerca de um ano.
A investigação apontou que o funcionário da subprefeitura, Celso Gabriel Arruda, era responsável pela coordenação de licenciamentos e teria pedido R$ 300 mil para manter o local aberto. Na época da prisão, a polícia encontrou R$ 200 mil em dinheiro em sua casa.
Arruda foi exonerado do cargo e a prefeitura informou que uma auditoria seria feita em todos os processos que haviam sido conduzidos por ele.
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